quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Participação da EEEFM Bananal - Olimpiada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro - 2012


Através de uma comissão escolar foram escolhidos os textos dos alunos para a etapa nacional da Olimpiada de Língua Portuguesa. Nesse momento, estamos publicando um dos textos.

Categoria: Crônica:

EXEMPLO DE VÓ

Nem bem o sol se punha e da cozinha já se escutava passos. Seria um ladrão? Não, era minha avó. Toda meiga, carinhosa com mãos de fada sovando a massa de pão que em seguida iria para o forno de barro.
Ao longe já se avistava uma imagem turva e podia-se sentir junto ao cheirinho de pão assado da vovó o cheiro da poeira proveniente dos secadores. Cenário comum nesta época do ano em que os produtores de café trabalham dia e noite.
Santo Isidoro localiza-se em Rio Bananal, é um lugar pequeno, pouco movimentado mais que na época da safra do café recebe pessoas de diferentes lugares em busca de serviço. Assim é a vida de muitos que aqui habitam, pessoas humildes que buscam nas lavouras o sustento para o restante dos dias.
Antes mesmo que todos voltassem das lavouras, minha avó aprontava a comida  a qual seria para eles força e sustento de novas lutas que estariam por vir.
Após o banho, na pequenina mesa todos se assentavam para se alimentar. No rosto de vovó percebia-se um olhar brilhante de satisfação, isso era sinal de dever cumprido.
Chega a hora de dormir. Enquanto todos estavam nas suas camas curtindo o descanso tão esperado, vovó estava na cozinha preocupada em retirar o carvão das panelas, até que não sobrasse nenhuma sujeirinha. Enfim quando o silêncio chega e pensa-se que ela estaria dormindo tomava-se uma surpresa: bem mais da meia noite ela se encontrava na varanda sentada em uma cadeirinha de madeira desfiando cada dezena do terço pedindo bênçãos e forças à Santa Luzia.
Aqui em meu município existem várias mulheres como minha avó que se destacam talvez por sempre estarem a serviço dos outros, por procurarem a fazer o melhor.
 Hoje, já velhinha, de cabelos brancos maltratado pelo tempo, vovó tornou-se minha fonte de inspiração na qual busco pela mesma simpatia.
Nada melhor que saborear um pãozinho de avó e nas manhãs servisse um bom café, aquele legítimo grãozinho torrado manualmente por vovó e que está presente nas mesas da maioria da população.

Professora: Marcela Gerlin Vaneli Paneto
Aluna: Isadora Miguel Bonini
Série: 1º M03

Participação da EEEFM Bananal na Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro - 2012


A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem em sua regulamentação o desenvolvimento de ações voltadas à formação de professores e tem como objetivo de contribuir para a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
Essa Olimpíada é desenvolvida da seguinte forma, em anos pares, realiza um concurso de produção de textos que premia as melhores produções de alunos de escolas públicas de todo o país. Na 3ª edição participam professores e alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF) ao 3º ano do Ensino Médio (EM), nas categorias: Poema no 5º e 6º anos EF; Memórias no 7º e 8º anos EF; Crônica no 9º ano EF e 1º ano EM; Artigo de opinião no 2º e 3º anos EM.
Por sua vez nos anos ímpares, desenvolve ações de formação presencial e a distância, além da realização de estudos e pesquisas, elaboração e produção de recursos e materiais educativos.
A OLP é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec — Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como parceiros na execução das ações o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Canal Futura.
Os alunos e professores de Língua Portuguesa da EEEFM Bananal participaram das atividades da referida olimpíada. Através de uma comissão escolar foram escolhidos os textos dos alunos para a etapa nacional. Nesse momento, estamos publicando um dos textos.

Categoria: Artigo de opinião:
 
“NÔMADES” DO TRABALHO

Moro em uma pequena cidade de interior. Pequena só no tamanho, pois a admiração que ela recebe é digna das grandes cidades. Com pouco mais de 17 mil habitantes, Rio Bananal é assim chamado devido a uma característica natural que possuía: as inúmeras bananeiras que protegiam o rio que à corta, quando aqui chegaram os primeiros desbravadores. Infelizmente, hoje já não são tantas, conseqüência da tão espaçosa modernização. Mesmo assim, o nome da cidade deixou marcada a existência delas.
Apesar de seu batismo ter influência dos bananais, não é esta a cultura que promove o crescimento da cidade. Seja em pequenas ou grandes extensões de terra, são os cafezais que pintam de verde o solo ribanense, levando o sustento desenvolvimento às famílias da região, além de aquecer as manhãs do mundo inteiro.
Mas para que o tão saboroso cafezinho chegue ao alcance de nossas mãos, ele passa por um processo longo e cansativo, que exige o uso de grande mão-de-obra. Pois, caso o café não seja colhido no tempo certo, pode ter sua qualidade afetada, pondo em risco investimentos feitos durante todo o ano.
Com a safra do café conilon, o mais cultivado na região, é realizada durante o mesmo período para todos os produtores, consequentemente, a mão-de-obra se torna escassa no município, fazendo com que trabalhadores de outras cidades, e até mesmo estados, venham suprir a necessidade dos produtores rurais daqui.
Porém, mesmo depois de terem atravessado quilômetros de rodovias, deixando para trás pessoas amadas que passam noites em claro à sua espera, esses “nômades do trabalho” não são devidamente valorizados, pois se deparam com condições de vida subumanas, mas isso não é tudo. Muitos deles não tem sua carteira de trabalho assinada e são pagos por saco de café colhido. Portanto, deixam de ter direito ao FGTS (Fundo de Garantia pó Tempo de Serviço) e ficam vulneráveis à uma demissão a qualquer momento, podendo até não ter dinheiro para pagar sua passagem de volta para a casa.
Existe uma resistência por parte dos produtores rurais em relação a regulamentação de seus funcionários. Resistência que é até compreendida pelo fato de que o produtor  gasta mais para regularizar um funcionário, e além disso não tem certeza absoluta se ele compensará os gastos feito. A lei garante que todos tem direito à carteira assinada e condições dignas de trabalho. Isso é indiscutível. Além do mais, a época de coronéis e feudos já passou, estamos agora no século XXI, rumo ao crescimento econômico e intelectual do país.
Alguns acreditam que com a vinda de trabalhadores para cá a violência aumenta. Com a legalização do trabalhador de fora esse problema seria amenizado devido à existência de um registro de seus antecedentes criminais, e também, teria de cumprir com os deveres de um assalariado, o que diminuiria seu tempo de “folga”, evitando o vandalismo.
Apesar dos aparentes prejuízos financeiros que a regulamentação do trabalho trás e que espanta os produtores, ela é realmente necessária e positiva, pois evita maiores prejuízos futuros. Além de indispensável, é direito de todo cidadão trabalhador, que por isso só  já enfrenta conflitos diários, portanto, deve ter seus direitos respeitados. Afinal, tanto produtor, quanto funcionário, são extremamente dependente um do outro, sendo assim, é essencial que aja respeito, companheirismo e legalidade entre eles.


Professora: Soeli  Demoner Valle
Aluna: Caroline Elias Frigi
Série 3º M02

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Auto-Avaliação: Forma diferente de avaliar


Os alunos da Oitava Série do Ensino Fundamental, do turno Vespertino da EEEFM Bananal tiveram como tarefa em uma das aulas de Matemática fazer uma auto-avaliação, escrevendo um texto dissertativo tendo como base as seguintes perguntas: 1) Como me avalio enquanto aluno da oitava série do Ensino Fundamental? Argumente e dê uma nota de 0 a 10. 2) O que eu quero pra mim, neste terceiro trimestre enquanto estudante? 3) O que espero das aulas de matemática? E quanto ao professor? Dê sua opinião.

Um dos textos foi escolhido para ser publicado neste blog. Segue o texto:

Como eu me avalio na oitava série do Ensino Fundamental! Essa é uma boa pergunta. Bom nossa série, é a última do Ensino Fundamental, muitas coisas acontecem, tanto na escola, quanto na vida pessoal. Eu nunca fui a melhor aluna da sala, e nem a pior, nunca gostei de matemática eu confesso, mas nunca a deixei a matéria de lado, não sou uma aluna 10, mas eu daria pra mim uma nota 8 no mínimo.
O que eu quero pra mim nesse trimestre, realmente eu não vou mentir, na verdade eu quero fechar minhas notas, passar de ano, enfim, quero me dedicar o possível para que isso aconteça. Eu quero me divertir, fazer novas amizades como se fosse o primeiro dia de aula.
Bom, o que eu espero das aulas de matemática! Realmente, eu espero que um grande milagre acontecerá e que eu tire sempre a nota máxima... Na verdade espero que eu aprenda a gostar e a me manifestar diante da matéria, espero que o meu professor tenha paciência comigo, espero que minhas notas melhorem, enfim quero me dedicar o possível para alcançar, notas boas.
O que eu acho do meu professor! Bom, ele é bastante rígido, paciente, gente boa e que muitas vezes me fez acreditar que matemática era um desafio que poderia vencer, dominar com a minha capacidade de ser humano. Bom, ele é nota dez. É meio o ano todo, mas posso dizer ele é.... O PROFESSOR de MATEMÁTICA.