Cartilha ‘Bullying não é Brincadeira’ já está disponível para distribuição no ES

A segunda edição da cartilha ‘Bullying não é Brincadeira’ já está à disposição dos profissionais da educação e demais instituições do Espírito Santo que trabalham com a temática.

A grande novidade é um jogo de tabuleiro lúdico voltado para as crianças reforçarem ainda mais o conhecimento sobre o Bullying. O material físico deve ser solicitado por meio do email (cape@mpes.gov.br). O conteúdo também pode ser visualizado de maneira digital por meio do site (www.mpes.mp.br/conteudo/home/index.asp).

A iniciativa é do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação (CAPE). Serão distribuídos em todo o Estado cinco mil exemplares.

A finalidade do material é conscientizar a população, de maneira objetiva, sobre o que é, consequências, categorias, entre outras características que envolvem o bullying, com foco na escola, tendo abrangência nos diversos campos da sociedade urbana e rural.

Para isso, a cartilha faz o uso de uma linguagem simples, associada a ilustrações que retratam possíveis situações da prática negativa. Além disso, o material fornece informações dos procedimentos a serem adotados pelas unidades de ensino diante da problemática.

Para trabalhar de forma intensa a temática nas escolas da rede, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) pretende fazer a solicitação de 250 cartilhas, que serão distribuídas nas 11 Superintendências de Regionais de Educação (SRE). A ideia é promover formações com os profissionais para que, posteriormente, os conhecimentos sejam colocados em prática no ambiente escolar.

“A intenção é repassar esse conhecimento para os gestores e professores das unidades de ensino da rede a fim de evitarem a situação ou saberem como agir caso o bullying aconteça. Se o que chamam de brincadeira de mau gosto começa a se repetir, passa a seruma prática de bullying, ou seja, uma ação violenta”, salientou a técnica educacional Danieli Spagnol Oliveira Correia, da Assessoria de Apoio Curricular e Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tirano ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma relação desigual de poder.

De acordo com a segunda edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita em 2012, os alunos que mais são vítimas de bullying são aqueles considerados fora dos padrões normais, como estatura e tipo físico e também aqueles com necessidades especiais. Também existe grande incidência de bullying com os estudantes de baixa renda e com os que são tímidos.

“Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade”, destacou Danieli Spagnol.

JOGO DE TABULEIRO - Além das informações detalhadas sobre o bullying, a cartilha também traz um jogo de tabuleiro muito criativo e divertido, desenvolvido pelo Ministério Público de Minas Gerais. Na aventura, composta por cenários animados, de cores vibrantes, as crianças passam por diversas situações, que são decididas via lançamento de dado, anexado para ser montado de maneira artesanal pelos usuários.

A primeira cartilha ‘Bullying não é Brincadeira’ foi lançada no início de 2011.